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sexta-feira, novembro 17, 2006

SOBRIEDADE

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É preciso ser inteira
Quando o dia amanhece
O trabalho chama
O tempo urge...
É preciso estar inteira
Quando a canção invade o ar
Quando os olhos se tocam
E as bocas se desejam...
É preciso permanecer inteira
Quando a noite chega
Quando é hora do adeus
E quanto quase tudo está perdido.
Mas é sendo metade
Que o sonho acontece
Que a vida sorri
Que a lua brilha no céu
E é estando metade
Que as cruzadas da vida
Tornam-se mais fáceis
E eu posso brincar em campos de trigo
Correr contra o vento
Driblar o meu tempo...
É permanecendo metade
Que se vê as sombras longilíneas da tarde
As cores do arco-íris
A chuva na montanha
O por –do –sol.
Porque de metades se faz um inteiro,
Estendem-se mais braços e abraços
Abrem-se janelas e cortinas para o sol entrar.

Flávia Ferreira

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